Horror

Naquele capuz azul você surgia, com a escuridão ao seu redor. Asas negras caídas me abraçaram, e me olhava com esses olhos vermehos. Enquanto esteve ao meu lado essas vestes não existiam, nem suas trevas, seu poder. Por entre brechas você me mostrava, demorou pra eu perceber.

Mesmo na escuridão você tem um anjo como melhor amigo, e ele com certeza se parece mais comigo. Voa alto com suas asas planas, mas seu poder foi me trazer você. E eu com minha sensibilidade, presa fácil para suas nuvens negras. E as trevas que você domina, me fizeram apenas te acalmar.

Mas por alguns instantes em nossa história a gente se encaixava. E a única sinceridade certa de que me recordo, é que eu fiz você chorar.
-- Voe anjo caído, toque o seu horror para outro... --

Seu disfarce acabou, você bobeou em meio à multidão. Meus sorrisos acabaram, e você achou que eu ficaria bem. Seu disfarce acabou, me avisaram que caras como você... Só sabem tocar o horror.

Nós perdemos o que costumávamos ser, perdemos o que costumávamos viver. Mas me leve embora daqui, para suas trevas meu anjo caído, leve me para longe, de volta de onde paramos.

Nenhum comentário: